sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Creatina, Um suplemento que venceu o modismo

Seguindo a série do básico, aqui vai um artigo muito bom sobre creatina! Que tira muitas duvidas, inclusive sobre o selo creapure que tem nego que nem sabe o que é e pergunta dele...

A novidade já chegou, mas só mostro segunda feira! =)

Autor: Kusanagi

Anteriormente proibida pela ANVISA e recentemente liberada a creatina é de longe o suplemento mais estudado de toda a história e isso por um motivo bastante simples, ela demonstra resultados empíricos. Entenda um pouco da teoria, a prática, seus colaterais além dos tipos de creatina existentes no mercado hoje.

A teoria:
De forma bastante resumida a creatina é um substrato energético que age no processo de contração muscular, sendo convertida em ATP pela enzima creatina quinase, em outras palavras ela é o combustível para realizar movimentos e armazenar mais desse combustível basicamente significa volume muscular.

A creatina é um peptídeo, que em nosso organismo é sintetizado pelos aminoácidos glicina, metionina e arginina, normalmente temos algo entre 1,5-2,3g de creatina a cada quilo de músculo
A creatina é um dentre vários tipos de substratos que nosso organismo utiliza, ela é basicamente usada em movimentos explosivos, que podem gerar muita força em pouco tempo, ou seja na atividade anaeróbica, como a musculação.

A Prática da coisa:
A creatina lhe proporcionará um aumento de força, esse aumento na performance fará com que você treine mais intensamente, ela também pode aumentar o inchaço muscular (conhecido como pump) fazendo melhorar o alongamento da fascia muscular durante o treino, o que por sua vez pode facilitar a hipertrofia muscular.

E o selo Creapure?
Essa dica só vale para aqueles que procuram a creatina monohidratada pura, pois em suplementos que ela vem agregada a outros compostos o selo não existe. Existem uma grande quantidade de bons fabricantes de creatina, mas antes disso vem a matéria-prima e esta pode vir basicamente de três países: Estados Unidos, China e Alemanha.

Dentre estes três países destaca-se a Alemanha com a indústria Degussa AG Trostberg, que inclusive criou o selo “Creapure”, este selo é quem garante esta matéria prima que tem um dos mais rígidos padrões de qualidade, testada inclusive por HPLC (Cromatografia líquida de alta eficiência), em outras palavras isso tudo garante que essa creatina sai de lá livre de impurezas.

E os outros tipos de Creatina?
Aposto que você já ouviu falar de outros tipos de creatina, no começo tínhamos somente a creatina monohidratada e microfiltrada, basicamente a mesma coisa com processos de filtragem a fim de tirar impurezas, mas hoje há uma maior quantidade de produtos que contém diferentes formas de creatina.
Destaco algumas delas:


Creatina creatina Alfa-ketoglutarato (AKG)
Basicamente uma creatina ligada a molécula AKG, que é um precursor da glutamina, o que por sua vez facilitaria sua absorção de forma a fazer chegar mais creatina em seus músculos, o que também faria que ela pudesse ser administrada facilmente mesmo sem um carboidrato de alto índice glicêmico, essa forma também seria capaz de evitar a diarréia que é um colateral presente em algumas vezes com a suplementação de creatina.

Creatina Etil Ester (CEE)
Basicamente é uma creatina monohidratada com um ester agrupado, essa esterificação teoricamente faz que ao mesmo tempo ela seja melhor absorvida pelo organismo, fazendo que com uma menor dosagem se tenha mais efeitos.

Creatina Citrato
De forma resumida é uma creatina ligada a moléculas de ácido cítrico que tem uma solubilidade em água muito grande, teoricamente esta creatina teria melhor uso para exercícios de média duração e endurance. Também eficiente dentro da musculação, porém nada provado para atletas de endurance.

Efeitos colaterais?
O principal efeito colateral atribuído a creatina é a sobrecarga renal, mas grande parte deste mito é que a creatinina é um produto da degradação da creatina e também usada como indicador na função renal, alguém que realiza treinamento com pesos tem maior quantidade de massa muscular, também terá maior consumo de creatina assim como também liberação de creatinina na urina o que torna esse valor naturalmente elevado, quando se suplementa creatina esse valor que já é elavado neste tipo de indivíduo pode passar a ser maior, podendo ser visto como sobrecarga renal. Estudos realizados em humanos e também em animais com dosagens muito maiores que as recomendadas por fabricantes e nutricionistas não indicaram real sobrecarga renal.

Como usar?
Vimos acima que a creatina tem um topo, um ponto onde o músculo atinge uma saturação de creatina, isso faz que dosagens exageradas sejam simplesmente inúteis, além claro de perda de dinheiro. A creatina pode ser usada b em dosagens de 5-10gramas/dia, sem necessidade de saturação inicial preferencialmente no pós-treino de preferência com um carbohidrato de alto índice glicêmico, como a maltodextrina ou a dextrose.
Vale lembrar que hoje muitos suplementos contém creatina em sua fórmula, principalmente os precursores de óxido nítríco com o objetivo de melhorar o pump (inchaço muscular) durante os treinos, nesses casos a creatina acaba melhor sendo utilizada antes do treinamento com pesos.

Referências:
1. Clinical Pharmacology of the Dietary Supplement Creatine Monohydrate – Department of Pharmaceutics, College of Pharmacy, University of Florida, Gainesville, Florida;
2. CREATINE SUPPLEMENTATIONIts Role in Human Performance
Clinics in Sports Medicine, Volume 18, Issue 3, Pages 651-666 W.KRAEMER:
3.Creatine supplementation does not affect kidney function in an animal model with pre-existing renal failure – Laboratory of Clinical Chemistry and 2 Renal Division, Department of Internal Medicine, University Hospital Ghent and 3 Department of Physiology and Physiopathology, Ghent University, Ghent, Belgium;
4. Creatine supplementation and athletic performance – Washington University School of Medicine, Program in Physical Therapy, Department of Medicine, St. Louis, MO 63108-2212, USA;
5. Creatine supplementation enhances muscle force recovery after eccentrically-induced muscle damage in healthy individuals – Exercise Metabolism Unit, Centre for Ageing, Rehabilitation, Exercise and Sport, School of Biomedical and Health Sciences, Victoria University, Melbourne, Australia;
6. Effects of oral creatine-pyruvate supplementation in cycling performance – Exercise Physiology and Biomechanics Laboratory, Department of Kinesiology, Faculty of Physical Education and Physiotherapy, Katholieke Universiteit Leuven, Tervuursevest 101, B-3001 Leuven, Belgium;
7. The effects of creatine pyruvate and creatine citrate on performance during high intensity exercise – Journal of the International Society of Sports Nutrition 2008;

Fonte: http://www.alta-testosterona.com/index.php/suplementos/creatina/

Um comentário:

Tiago Marçal disse...

cara valeu por essa informação a seculos eu tava querendo se ja estava liberada